Bolos de Torresmos
Uma receita de Maria Augusta Baiôa (Mértola)
Ingredientes
1Kg de massa do pão/ 1 chávena de chá de torresmos/ 250gr de açúcar/ 1 colher de chá de canela.
Modo de confeção
Picam-se os torresmos e amassam-se com a massa do pão, o açúcar e a canela. Tendem-se pequenos bolos que vão a cozer num tabuleiro untado e polvilhado com farinha.
Sobre os Torresmos
Não é um sabor que agrade a todos, é certo. Mas quem gosta, gosta mesmo.
Os torresmos, quentes, estaladiços e bem esmagados entre duas fatias de pão, acompanhados por uma caneca de café, fazem parte de um grupo de sabores mágicos da infância que hoje, tantos anos depois, mantêm intacto o seu encanto. Chamam-se torresmos ao “esqueleto” das células e tecidos adiposos depois de terem, por ação do calor, libertado a sua carga de gordura. No porco, de onde provêm os torresmos mais conhecidos, são o que resta após a extração da banha. Toda a gordura dá torresmo, mas conforme o tipo de gordura assim resulta um torresmo diferente e a confusão é total neste campo, em que estas gorduras provêm de órgãos mal conhecidos e estruturas de suporte, ainda por cima nomeados de forma diferente consoante a região de Portugal. Há tipos diferentes de torresmos, conforme a gordura que os originou: o torresmo de toucinho que, como o nome indica, resulta da fritura da camada gorda subcutânea do porco, da papada e da barriga, o torresmo de riçol proveniente do mesentério, e o torresmo da banha em rama, que é a parte mais espessa do redanho, a gordura que envolve os rins do animal.
Os Torresmos Rissol eram tradicionalmente feitos num tacho de barro no dia da matança do porco e, usualmente os mais apetecidos.