Cerveja Artesanal Estroina
“Como uma brincadeira de irmãos, se transformou num caso sério de popularidade”
Um antigo café em Góis, hoje em dia convertido numa fábrica de cerveja artesanal. A vontade de um filho da terra em regressar às origens e aquilo que há mais de dez anos começou como uma simples experiência (e brincadeira) e atualmente se transformou num sucesso.
Em poucas palavras, foi exatamente isto que aconteceu. Mas tal como uma boa cerveja Estroina exige, esta é uma daquelas histórias, que convém ser muito bem acompanhada, por qualquer um dos cinco sabores que vos disponibilizamos. Destacamos-vos estes para abrir o apetite – Red Ale, Weissbier, Stout, Pale Ale ou a APA (American Pale Ale). Escolham o sabor que mais se adequa ao vosso estilo, personalidade, gosto ou ao momento e, em boa companhia, juntem o útil ao agradável e desfrutem de mais este percurso de vida, que temos para vos contar.
Nuno Rodrigues e o irmão começaram esta “aventura” há mais de dez anos. O gosto de fazer cerveja para consumo próprio, sempre esteve presente, “como hobby” afirma o Nuno.
“Produzíamos em pequenas quantidades, cerca de 20 Litros, depois passámos para os 50” e nessa altura aperceberam-se que dava exatamente o mesmo trabalho se o fizessem em maior quantidade. Mas havia um senão. Graças ao “passa palavra”, de conhecidos, amigos, familiares, os pedidos começaram a aumentar, como o negócio não existia, a venda não podia ser concretizada. Foi então que em 2014 finalmente se lançam na comercialização, uma ideia que só iria ver a luz do dia em 2018 e a primeira cerveja, por coincidência, chega ao mercado precisamente na edição desse ano, da Feira da Caça de Mértola.
A vida tinha, a certa altura, levado a que o Nuno abandonasse o Monte dos Góis, e rumado ao Algarve, mas a vontade de regressar era “mais do que muita” e estava sempre presente. No entanto, confessou que “Voltar sim, mas de uma forma autónoma e sem ter que depender de ninguém”. E foi precisamente nessa altura que conciliou o gosto pela produção de cerveja, que desde há muito já existia, com a hipótese de criar um negócio na terra que o viu nascer. E assim foi. Um antigo café explorado pelos pais, hoje em dia totalmente remodelado, para acolher a produção da cerveja Estroina.
Certamente que, para muitos, a cerveja artesanal pode ser vista como uma ideia simples, uma brincadeira que se tornou realidade num “estalar de dedos” e que não dá trabalho, pois, desenganem-se, o trabalho do dia a dia é duro. Acordar cedo, deitar muitas vezes tarde e principalmente estar atento, devido a muitas horas seguidas e todo um complexo processo de fabrico, para que o produto possa chegar ao consumidor em perfeitas condições.
E provavelmente por esta altura devem estar a pensar: “Então mas será que se esqueceram de perguntar de onde veio o nome Estroina?
A resposta é “Não, não esquecemos”. Segundo nos confessou Nuno Rodrigues, essa nem foi a primeira opção. Isto porque sendo a cerveja uma bebida fermentada e pertencente à mesma família dos vinhos, e por Portugal ser como sabemos um País conhecido por este “néctar”, já qualquer marca está registada com a denominação da origem do respetivo negócio e assim sendo, houve um termo que acabou por surgir, proveniente de um “termo calão” muito utilizado na zona que, para além de “ficar no ouvido”, definia os dois irmãos que, por muitos eram considerados “dois estroinas” (sinónimos: doidivanas, estarolas, estouvados).
Estroinas ou não, o que é certo é que existiu empreendedorismo para pensar num negócio, estruturar e candidatar o mesmo a financiamento europeu, através do Quadro Portugal 2020. Com orgulho afirma que “o processo está completamente concluído”.
Atualmente a Estroina dispõe de 5 tipos, todos produzidos de forma artesanal com recurso a ingredientes naturais, sem aditivos, conservantes ou intensificadores de sabor.
Quando questionado sobre o futuro, refere que é previsível que surja uma nova linha de cervejas, utilizando alguns produtos de origem local (como seja o mel, o figo da índia e algumas ervas aromáticas) que podem vir a estar no vosso frigorifico, mesa ou um qualquer outro lugar e sempre, na melhor das companhias.
A área de intervenção da Cerveja Estroina, e a nível de vendas iniciou-se (como já foi anteriormente mencionado) em Mértola. Depois foi a conquista do mercado Algarvio (bares, restaurantes e lojas), graças aos conhecimentos que o Nuno adquiriu, durante os tempos em que lá viveu. Beja viria mais tarde, seguindo-se contactos no Centro e Norte do País, em locais especializados para venda de cerveja artesanal.
Provavelmente aquilo que alguns desconhecem, é que o conceito, na sua origem, não é original do Concelho, isto porque nem Mértola, nem Portugal, têm tradição cervejeira. Aquilo que se faz é, “pegar” em estilos que por esse Mundo fora existem e adaptá-los à Região onde estamos inseridos.
Voltando ao início da nossa conversa e para quem não teve o privilégio de a ler “excelentemente” acompanhado por uma das 5 variedades da cerveja Estroina, é altura de o fazer. Para isso basta simplesmente, visitar a rede social da marca ou a nossa loja dos frescos sobre rodas.
Resta-nos apenas brindar a todos e obrigado por nos acompanharem em mais uma viagem pelo que de melhor o Concelho de Mértola tem para vos oferecer….
Saúde!